Fico assim a pensar e a recordar o que quis que a minha vida fosse
Quis alegrias e tive-as embora se fizessem intercalar por tristezas
Tristezas que só vieram potenciar os momentos bons que tive e que faço questão de ainda ter
Quis amor… muito amor e tive-o… e tenho-o e com ódio jamais serei capaz de viver
E isso das vinganças deixo para que o tempo se encarregue delas
Quis amar um ser mais que a mim própria e tive-o e tenho-o e são dois… e são parte de mim num todo onde encontro o porquê da minha vida
Quis que os amigos me continuassem a acompanhar nesta estrada que percorro todos os dias… a vida… e acompanham e sei que estou rodeada dos que nunca me faltaram nos bons e nos maus momentos…
As ostentações não são para mim
Vivo com a consciência que preciso de bens materiais mas sempre estabeleci as prioridades e espero assim continuar
E vivo em função dos sentimentos e dos momentos e jamais em função da matéria
Mas ainda desejo tanto
Ainda quero tanto
E ainda sofro tanto
Com as tristezas dos que não posso consolar
Com as injustiças que não consigo resolver
Com as leis que só servem para dar trabalho e não sei quantos lugares de destaque no hemiciclo e que jamais se cumprem
Com a fome que não consigo saciar
Com a sede que não consigo satisfazer
Com a falta de carinho daqueles que o meu abraço não consegue alcançar
Com a tristeza de olhares amargurados cujo meu sorriso jamais conseguirá animar
E ainda choro por todas as crianças que não têm o tão merecido colo… o tão merecido carinho… e tudo o que merecem que nunca será demais…
E continuo triste pela humanidade dar mais valor à matéria do que aos sentimentos…
E continuo com esta revolta de que não sou nada nem ninguém para poder remediar, por pouco que fosse, todas estas injustiças…
Estou demasiado revoltada talvez mas continuo a pensar no que quero da minha vida…
E continuarei a achar que há muito mais injustiças do que o que é justo…
E continuarei a sentir que me arrancam as minhas pétalas sempre que uma delas se comete…
E assim continuarei até ficar completamente desfolhada…
4 comentários:
Vê-te antes como a roseira...várias flores, que todos os anos se renovam...a vida é mesmoa ssim...temos de acreditar na nossa capacidade de renovação e também na dos outros...De vermos os vários matizes da flor, mesmo qdo já está a murchar. Só quando a flor morre, é que dá lugar ao fruto e à semente. E essa tua consciência aberta ao mundo é uma semente muito rica...beijocas
Já pensei que um dia poderia contribuir para grandes mudanças no mundo. Sei agora que não arrasto multidões, o que não me preocupa nada, muitos dos que as arrastam acabam por ser engolidos e o mundo segue o seu curso, impassível. Mas sei que tenho o poder, e o dever, de contribuir para que aqueles que posso moldar tenham o dom da justiça, da igualdade e da liberdade. São só dois seres, mas se conseguir chegar à velhice com a certeza de ter cumprido este objectivo, penso que morrerei satisfeito.
Mas o destino das flores é perderem as pétalas!!! De que te queixas? Não sabes que só quando caem as pétalas a semente pode cair e germinar?!
E (eu acho que já te tinha dito isto...) olha que tens semeado tanto... mesmo mantendo toda a tua beleza! (e isto é também a tua beleza!)
E depois, pessoas como tu não são papoilas - são mais como cerejeiras - árvores fortes, grandes, mas elegantes, com uma flor linda, mas com um fruto irresistível.
Vá lá... estamos quase em Agosto!
p/Frog: carinhosos como sempre... beijos.
p/Morgana: eu tb penso assim... mas há dias em que a revolta fala mais alto... beijos.
p/Alberto: penso que realmenet vais chegar á velhice muito satisfeito... beijos.
p/Mais Interior: ai como eu gosto de cerejas... Uiii... e já se respira a primavera... beijokas.
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