Cancro da mama

- Tudo bem? – perguntei eu

- Sabes? a C.? Lembras-te dela? A minha primeira cunhada? Sempre gostei dela e apesar da separação do meu irmão a amizade ficou… fui vê-la, a Barcelos, este fim de semana… ela foi operada… retiraram-lhe um peito e ainda um bocado do outro… (o silêncio instalava-se e a sensação de desconforto também)… ela é tão nova!

Foram as palavras que ouvi, ontem, pela minha amiga João… e que me deixaram a pensar…

Que é realmente importante tomar medidas preventivas e depois de ouvir mais palavras vindas da Laço, na televisão, só me apeteceu falar do assunto:

Cancro da mama (não é nada agradável mas temos de agarrar o boi – cá na terra diz-se toiro – pelos cornos)

Um dos meus desejos (agora mais que ser médica) é ser voluntária!

É claro que a ser… seria no instituto de oncologia… tenho plena noção do tormento que é… mas há quem precise da nossa força… do nosso total apoio e quem conte connosco para os amparar e ajudar a seguir com a vida…

A C. é mais uma vítima do flagelo… e sim é nova… deve ter mais uns 2 ou 3 anos que eu… portanto ainda nem sequer fez 40 anos…

E dou comigo a pensar, e tenho consciência, de que não gosto de fazer o auto-exame… fujo completamente do fazer… e sim tenho sempre medo de descobrir algo de novo!

Felizmente não tenho tido nenhum problema nas minhas maminhas. Têm-se portado muito bem! Mesmo na altura de amamentar nunca me causaram problemas de maior (é claro que tinha imenso cuidado com as horas de retirada do leitinho para não deixar formar caroços e tal)… mas não gosto de os apalpar á procura de algo que não quero nunca vir a ter!

Mas, conforme disse ontem á minha amiga, é uma situação que em nada depende de nós. Podemos tomar os cuidados todos do mundo e mesmo assim aparecerem os tão indesejados caroços que nos levam á tortura!

No entanto, não fiquei indiferente a este caso, nem á média divulgada pela Laço:4 em cada 10 mulheres – após os 35 anos – têm probabilidades de vir a contrair cancro da mama

E não posso ficar indiferente aos casos de senhoras que se propuseram a contar a sua história – a sua VITÓRIA – contra tal doença.

Que contam o período de revolta, de pensar que tudo estava acabado… o não ter forças para lutar… e arranjá-las vindas não sabem de onde!

Porque temos uma força enorme e só quando somos postos á prova é que ela dá de si!

E descobrir uma doença destas em nós, não é um motivo para morrer mas sim mais um para VIVER!

Por isso meninas: PELA VOSSA SAÚDE façam o auto-exame e os mais exames que forem necessários, para que todas possamos combater essa praga que parece nunca dar tréguas!

Quanto a mim está prometido: depois do período menstrual lá estarei eu a apalpar as “minhas meninas” consciente que é um acto extremamente necessário para a minha saúde!

O “apelo” do voluntariado cá fica, á espera que outros pequenos grandes valores cresçam e não necessitem tanto de mim para que possa dar aos outros o que me sobra e me fará sempre imensa falta!

Quanto a ti C. espero que o teu caminho para a vitória esteja a ser percorrido!

Que a força nunca te falte!

Que a saúde não te abandone!

Que a vida continue por muitos e bons anos!!!

Beijos grandes C. (e muito sentidos)