Não sei quem és, ou foste, nem sequer se és do sexo masculino ou feminino mas sei que no coração de alguém, que muito te ama, continuas a viver.
Sei da tua existência ao ver as flores que alguém coloca, numa curva á beira da estrada, só mais um dos muitos pontos críticos das nossas estradas que transformam vidas em verdadeiros flagelos.
De inicio os ramos acompanhavam os restos dos destroços do acidente. Com o passar do tempo, e já lá vão muitos meses, os restos materiais foram desaparecendo mas os emocionais, esses, nada nem ninguém os apaga.
És mais um, dos entes queridos, que a estrada roubo a tantas famílias. E mais um que ficará eternizado no peito de tantos.
Já não passo nesse ponto diariamente, mas da última vez que por lá passei lembrei-me de ti, das flores vivazes que durante meses seguidos guarneciam o triste cenário e de todo o amor que podemos ter por quem nos é mais querido.
Não, não te conheço mas conheço a dor de ter um ente querido que nos abandona de mãos dadas com um acidente de viação. E não, não morreste no peito de quem te ama, porque há amores que nem a morte separa.
Pode ser um relato triste sim, mas curiosamente belo na dedicação de alguém que ama até todo o sempre.
Que nem a morte nos separe...
20/09/06
Que Nem a Morte Nos Separe
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3 comentários:
Muito bonito este teu texto, tb já me deparei com esses ramos num canto de uma estrada qualquer, felizmente nunca perdi ninguem nessa situação, a morte pode nos levar fisicamente, mas quando se ama, duas almas nunca se separaram, beijinhos*
Quando se fala de amor não se pode utilizar a palavra "até"... lá venho eu corrigir a gramática! :) mas percebi a ideia! beijos grandes!
a morte separa fisicamente, mas no fundo da nossa alma viverá eternamente.
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