
Já não tinha ilusões, perdera-as junto dos muitos sofrimentos com que a vida a presenteara. Tinha sonhos, mais realista pensava. Como se o sonho não tivesse uma réstia de ilusão. Por vezes até preferia pensar que só tinha desejos e que dependiam totalmente do seu querer o facto de os concretizar. É que o desejo é algo mais físico, assim o considerara para que a ilusão fosse, mais uma vez, posta de lado.
Assunto arrumado: não restavam ilusões!
Mantinha a esperança de ver, um dia, um mundo melhor. A esperança, não a ilusão, porque já não tinha ilusões.
Confiava no juízo dos homens, cada vez mais loucos, para que fugissem á tão anunciada e inevitável catástrofe humana. Idealizava um futuro auspicioso tentando manter afastados os pensamentos terríveis do caos que se fazia sentir cada vez mais próximo. Ideais, não ilusões, porque já não tinha ilusões.
Queria não sentir medo. Sim tinha medo que receio é coisa de homem. Os homens não têm medo. Não sentem medo. Apenas falam em receios, dúvidas, incertezas. Essas duas últimas também as tinha. Tinha tantas dúvidas quanto incertezas. Estudara pensamentos filosóficos com fundamentos desadequadas á sua realidade. Conseguira integrar-se em suas ideias e deixara umas quantas dúvidas, que as assaltavam em pleno estudo, por esclarecer.
Bem… pensando melhor… receava! Talvez medo não fosse palavra adequada. Assim como ilusão não o era, com toda a certeza, para a esperança que continuava a manter.
Acreditava nas gerações mais novas. Na sabedoria em aproveitar, integralmente, toda e qualquer inteligência. Já que a dela não o soubera fazer. Tanta inteligência e acabariam por se afundar na sede que tinham em demonstrações da mesma. Nunca entenderam, na totalidade, que não bastava ter sabedoria mas sim usá-la e usá-la convenientemente para o bem de tudo e de todos. Acreditava mas já não tinha ilusões.
Continuava a viver acrescentando vida aos seus dias.
Acreditando
Confiando
Tendo esperança, sonhos, desejos
Mas nada mais
Até porque... já não restavam ilusões...
4 comentários:
Olá,
Gostei muito do teu texto.
Abre a tua janela,e deixar entrar os sonhos as ilusoes e sobretudo a Esperança.
jinhos
Isa
passamos metade das nossas vis«das a acreditar, a ter ilusaões que se esfumaçam em segundos.
jinhos
As ilusões também podem ser boas. Fazem parte dos sonhos.
Beijos e bom fim de semana prolomgaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadddooooooooooooooooooooooooooo
Flor: Beijão!
Isa: Ela mantem-se aberta! Beijo
Isamar: Olha a janela!!! Bjs
Aragana: Se podem!!! (já nem me "ouve"... lá foi ela)... Beijos
Frog: sem tentar não vivo... beijo
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