12/12/05

Seca-me as lágrimas


Abraça-me como se fosse o último abraço

(que não te soe a um qualquer cliché)

Abraça-me como se me fosses perder… o que farias?

Como o farias?

O que dirias?

É o que quero e preciso ouvir

É o que quero e preciso que faças

É o que quero e preciso sentir

Sentir que sentes

Que sentes o que sinto

Do mesmo modo como o sinto

Tenho medo

Sim! Temo que o castelo seja de cartas

Que afinal a força não seja tão imensa como a imaginamos e, principalmente, medo que não te dês conta do seu desmoronamento…

Não quero sentir que acordo de um sonho, quero antes continuar a vivê-lo…

E estas lágrimas que vês, que te incomodam, pelas quais perguntas o motivo… o motivo já eu o disse por gestos, por outras palavras ao pedir-te “não me ames apenas”!

Começam a ser comuns os gritos que escapam mudos, os pedidos que são tidos como ameaças, e os dias que são continuações das noites e as noites, continuações dos dias…

O nosso amor passa a ser “normal”

O beijo é dado mecanicamente e quando assim não é, surgem as ideias, mais uns quantos pedidos, mais uns gritos mudos e mais umas quantas lágrimas…

Surgem uns abraços mais fortes que qualquer corrente marítima, uns beijos mais intensos que qualquer azul do mar e a dor que resvala aos olhos, maior que qualquer pico de cordilheira…

Não quero pensar que não vale a pena falar, nem sequer que já não ouves os apelos. Sendo como sou, penso sempre que estás distraído mas reflectindo melhor dou com a sensação, desagradável (extremamente desagradável), de que não haverá mais nenhuma palavra por mim pronunciada, que te faça “virar”… para que me possas “ver”…

E é por isso que saem as lágrimas

Não sei se por desilusão

Se por ver demasiado a realidade

Mas sei, e quero muito, que leias e entendas, todas as palavras que ficam nas linhas… e também sei que as que estão nas entrelinhas vou ter de as sublinhar para que as vejas da mesma forma que eu…

Porque continuo a querer muito o teu abraço sentido

O teu amor incondicionalmente escondido

E quero, principalmente, sentir a tua mão na minha e que consigas aliviar-me esta dor…

Seca-me as lágrimas…

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá Amanda:-)
Vai à luta...nada de lágrimas e não deixes o amor morrer...põe-te linda como só tu...sexy como só tu e insinua-te...faz-lhe ciúmes usa as tuas armas...sabes melhor do que eu o que fazer mas não deixes o amor morrer.
um beijo terno numa dessas lágrimas:-)

Anónimo disse...

Mm... além do desabafo aqui no sofá electrónico (como eu lhe chamo), que tal... falar com a cara 1/2?

Já passei por uma situação semelhante e isso ajudou-me (ajudou-nos) imenso.

(isto é uma singela, mas honesta, opinião)

*kiss*kiss*

Anónimo disse...

A conversar é que as pessoas se entendem...o silêncio não foi feito pa resolver nada. Se tu não o fizeres quem o fará? bjs Numenesse

Aprendiz disse...

Olha - ficar aqui a ver-te sofrer assim, é muito mau...
e depois, sabes o que vai acontecer este fds? vai ser apenas + 1 fds... e isso é do pior quando se têm as expectativas no alto...

não te magoes... não te contentes com o que tens, mas não te magoes... vai à luta! vai à vida, que a morte é certa!

E se de facto não queres que a outra ponta da relação se arraste, dá-lhe um xuto! a ver se acorda! senão não sei o que te diga mais...

olha, um beijo e até amanhã!

Rita disse...

se gostar mesmo, 'ele' secará sim senhor essas lágrimas. caso contrario... a vida continua e há mais marés que marinheiros.

:)

beijos

Anónimo disse...

Amaaaaaaanda:-)
vai lá secar mais uma lágrimazita minha linda loirinha:-) Vai lá a correr:-)
um beijo terno e Feliz Natal:-)

lena disse...

Amanda seca essas lágrimas,

um dia escrevi:

"horas perfeitas chegaram na manhã azul
um olhar sereno, debruçado na velha janela
bebeu o chilrear dos caminhos.

portas fecharam-se aos dias passados
consumidas por palavras,

range a madeira, impregnada de cheiro
da velhice, cheiro decadente
onde o ânimo foi anulado
pela absurda melancolia

desilusões, entraram sem permissão
grávidas de dor
o ar fresco fez-se sentir,

era hora, dizia o relógio de luz carminada
hora de existir sem nada explicar


a porta abre-se, como um cenário
e a cidade espera impaciente
onde a vida não arrefece,

os espelhos das incertezas que esperem.


l. maltez"

abre essa porta e diz o que sentes, não deixes o tempo arrefecer demais menina linda, para frio basta o inverno que temos
tenta e dá esse passo
vai resultar certamente

abraço-te com carinho
e deixo-te um beijo meu

lena