11/11/05

Tibete



Olho mais longe que meus olhos

Vejo mais além que o horizonte

Observo algo mais que as simples imagens



Porque os meus horizontes são mais que essa linha

São ideias só minhas

São desejos de dar as mãos

O coração

A toda a natureza



As águas límpidas e quentes não refrescam a sede

A vontade de te conhecer

De te sentir

De interiorizar todo o teu ser

É como tuas enormes montanhas

Imponentes

Majestosas

Admiráveis


Os picos que desejo alcançar

Estão na minha natureza

Como os teus estão por entre os teus lagos

Cobertos de neve fresca

Como fresca é a minha mente

O meu querer constante


O sol abrasador dos trópicos

Não me descansa o espírito

Tenho o gosto adquirido pelo forte

Pelo que a natureza tem de peculiar


Os sábios souberam-te procurar

Buscar

E encontrar

Fizeram de ti a sua preciosidade

Os monges protegem-te


Ver-te assim

Imponente

Dócil

A chamar por mim

Faz-me voar ao teu encontro

Ao meu encontro… entre o real e o sonho


A paz que transmites

Todo o teu saber

Que querer pode ser tão pouco

Tão efémero perante tudo o que dás

Que o alcance nunca será conseguido

Que a viagem nunca estará finda

Que o sonho ficará sempre inacabado



Protege meu bem maior

Faz que este querer constante me mova

Que este não saber seja a minha única certeza

Guarda meus pensamentos como os mais francos

Que nada impeça o nosso encontro


Quero acariciar tuas águas puras

Empurrar tuas serras

Cheirar tua leveza

Ouvir suavemente teus sussurros

Arrepiar-me com tua brisa

Esgotar todo o meu ser em teus braços…

1 comentário:

Anónimo disse...

É só amor desejo e ternura!!;-)
Tão bem que escreves!
Viagei princesa...viagei...também sonhei que fosse para mim...doce ilusão!
Tem um excelente fim de semana rezingona;-)
um beijo terno:-)