
Vejo-te sentado, aí a olhar para mim
Com olhos havidos de desejo, como eu por ti
E assim lentamente começo esta dança
Debruço-me sobre ti roçando a minha pele na tua cara
O meu peito junto de teus lábios…
E num ápice ergo-me e volto-me
Deixando minhas costas ao sabor do teu peito
Não não…
Não quero que te mexas, não quero que saias daí
Não vale tocar, não vale beijar, não vale abraçar, não vale mexer…
Não p’ra já, não por enquanto…
Vê-me!
Delicia-te com este balançar suave do meu corpo
Se me chegar assim (com o ombro bem junto a ti)… que me dizes?
Ou preferes os meus quadris nas tuas pernas?
Mas não p’ra já, não por enquanto…
Vê este balançar suave da minha anca
Esta renda que queres tirar e minha pele que começa a suar
Sente este ritmo quente que nos envolve, que se respira no ar…
Esta vontade louca de te tentar, de te prov(oc)ar
Continuo a deslizar sob o teu olhar atento
Tuas mãos que tremem sem que me consigas mexer
Tua voz que fica rouca de sofreguidão e todo o teu corpo te desobedece…
Não p’ra já, não por enquanto…
O cheiro que se faz sentir é da fome que tenho de ti
Continuo a insinuar-me e rendes-te a essa tentação
O meu corpo ondula diante de teus olhos
Chego mais e mais… e mais ainda…
Ouço a tua respiração sôfrega… ou será a minha?
Abro a janela… lá fora chove
As gotas assolam meu corpo sem o arrefecer
E nesta tempestade tropical rendes-te ao meu corpo molhado
Pensas em aproximar-te, abraçar-me… e suavemente beijar-me o pescoço… os ombros…
Não p’ra já, não por enquanto… os lábios mais tarde provarás…
Quero enroscar-me no teu peito… não respondo por mim…
Continuo suavemente a sentir a tua deliciosa sessão de sussurros junto a mim
Sinto o teu queixo que pousa no meu ombro e desliza até obter o fruto apetecido
Trincas meus lábios… absorves minha boca… e todo o meu corpo…
Sorvo o néctar inebriante dos teus lábios, a seiva doce dos teus beijos
A chuva continua elegantemente a acompanhar nossa dança
De corpos molhados serpenteamos ao som do nosso desejo, ao ritmo deste encantamento
O mundo deixou de existir…
O sol deixou de brilhar… e até as estrelas perderam o cintilar…
E assim, tu aí, quando me sentires bem perto de ti...
Chego os meus lábios junto ao teu ouvido:
- Oh baby… do you want me?! Catch-me!
o video foi retirado para não interferir com outras aplicações... ficará a melodia divina a ecoar de:
Since I Don't Have You - Guns N' Roses
4 comentários:
Só mesmo tu para colocares as palavras dessa maneira... num crescendo que nos agarra até que o mundo inteiro desaparece e os 2 actores se transmutam em espectadores da própria natureza humana, de si próprio com o outro - nessa altura, além deles os 2 (um só), existem apenas as palavras que tu puseste aqui. Uma lição de sedução! (nós podiamos ter escrito isto assim não é B.?) ***, n.
As palavras intensas e provocantes. impossivel deixar que lê indiferente. A musica deixa-me com uma vontade enorme de voltar a ouvir Guns N'Roses...que saudades...
bjs Numenesse
Se soubesses o quanto eu gosto dessa música!!! e o texto, amanda, está lindo! beijo grande
P/Frog: ... Beijos
P/Maisinterior: Qualquer um de nós! Beijos
P/Keimadela: Ai os Gun e os loucos anos de juventude!!! Beijos
P/Morgana: A música foi propósitamente escolhida, sem ela o texto não tem a mesma beleza. Beijokas.
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