"chegamos a adultos a pensar que já não temos mto mais a aprender
por isso nos custa tanto chegar ao topo de outras panoramicas"
Há, na comunidade do novos Técnicos Superiores de Educação, um tema que jamais nos passará despercebido, que nos toca bem fundo no nosso âmago e que me deixa tão, mas tão, desapontada, frustrada...
Deixa-me desapontada pelo facto de perceber que podemos muito bem estar a "encharcar" as nossas crianças em controladores (e inibidores) de dopamina pelo simples facto de nós, adultos, não conseguirmos acompanhar o ritmo deles.
É indiscutível que as nossas crianças são uma geração de Nativos Digitais, com características tão próprias que aos nossos olhos mais parecem assustadoras. E nós, adultos e Imigrantes Digitais, mais não fazemos que não seja pedir-lhe para estarem sossegados, calmos e atentos, quando temos ali um "motor" prontinho a dar os 150Km/h numa fracção de segundos, e obrigá-los a acompanhar os nossos tão concentrados, estudados e dados como certeza indiscutível, 50km/h
Fica aqui um pequeno excerto do brilhante pedagogo Marc Prensky:
«Os Nativos Digitais estão acostumados a receber informações muito rapidamente.
Eles gostam de processar mais de uma coisa por vez e realizar múltiplas tarefas. Eles preferem os seus gráficos antes do texto ao invés do oposto. Eles preferem acesso aleatório (como hipertexto). Eles trabalham melhor quando ligados a uma rede de contatos. Eles têm sucesso com gratificações instantâneas e recompensas freqüentes. Eles preferem jogos a trabalham “sério”.»
«Os professores Imigrantes Digitais afirmam que os aprendizes são os mesmos que eles sempre foram, e que os mesmos métodos que funcionaram com os professores quando eles eram estudantes funcionarão com seus alunos agora. Mas esta afirmação não é mais válida. Os alunos de hoje são diferentes.
“Toda vez que vou à escola tenho que diminuir minha energia”, reclama um estudante de ensino médio. É que os Nativos Digitais não podem prestar atenção ou eles não escolhem? Freqüentemente do ponto de vista dos Nativos seus instrutores Imigrantes Digitais fazem com que não valha a pena prestar atenção à sua forma de educar se comparar a tudo o que eles vivenciam – e então eles os culpam de não prestarem atenção!»
A todos deixo a sugestão de ler o texto sobre o assunto (parece enorme, nas suas 6 páginas, mas no final serão outros!)
AQUI
1 comentário:
um texto interessantíssimo que desconhecia.
Enviar um comentário