Trazia a vontade presa na pele e o desejo teimando soltar-se do olhar…
Na boca a bebida embriagante e no corpo o odor inebriante
Sem amanhã, sem ontem, que o quando é aqui e agora e o desejo fundiu-se no gesto,
No gosto de um beijo…
Nos olhos a tempestade iminente, num alvoroço dos céus, de deuses desacreditados
Que o momento é muito mais do que perspectivar, muito mais do que querer ou sonhar.
Era o abandono de si, do corpo e da mente
Rendida a um desejo dormente, como quem escapa da voz rendendo-se à clemência do gosto.
E as mãos esvaziaram na pele a dormência do desejo, cravando no corpo a certeza do gesto…
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