o outro filho da minha avó, o único tio paterno que tenho. Aquele que me acompanhou por terras francófonas, que se mostrava rigoroso com os meus trabalhos de férias (sem haver necessidade, reconheceu depois). O que tem mais 12 anos de vida que eu mas que mantém a jovialidade da minha faixa etária. O que me deu a conhecer mais namoradas que amigas (ou seria o contrário?), o que escolhi como padrinho de casamento, o que me tentava mostrar o futuro da melhor maneira possível, o que me deu primos da idade dos meus filhos…
É gratificante voltar a estarmos todos juntos e agora com mais quatro razões de viver.
É incrível observar como elas, riquezas de nossas vidas, se tornam cúmplices num ápice e eles, os nossos tesouros mais recentes, mais parecem irmãos que primos.
E é tão bom voltar a ouvir soar o meu nome em teus lábios que, carinhosamente, terminas em “inha” como há 30, 20 ou menos anos atrás…
É óptimo ver-te por terras lusas, as mesmas que tentaste adoptar há uns quantos anos mas que não se coadunava com a rotina já mais avançada de outros costumes que já havias adquirido.
O meu tio, aquele que, durante vários anos, exercia apenas e só esse estatuto de pai, amigo e irmão. O que, no intervalo de palavras mais severas, me levava ao cinema, ao jardim ou a uma pista de gelo para passarmos a tarde de domingo inteirinha a patinar. O que, ainda hoje, me abraça com orgulho como se tivesse a única sobrinha do mundo.
O que me deu a conhecer a beleza da amizade sem interesses ou me mostrou que amiga pode ser até aquela colecção de LP’s que nos faz companhia várias horas a fio.
O que adorava ouvir Kate Bush na sua inigualável Babuska, o mesmo que não suportava o meu trautear de êxitos mas que me mostrava cada nova aquisição musical como quem partilha o seu maior bem.
O que se zangou com a vida após um terrível acidente de viação. Aquele que viveu sempre em altos e baixos sentimentais porque só quem muito se dá tudo pode perder. O que enriqueceu, empobreceu, voltou a lutar e conseguiu a maior riqueza que alguma vez podemos ter: o amor dos que nos são mais preciosos…
O que ficou imensos anos sem pisar a terra que afincadamente defende (só porque continua um estúpido cheio de esperança como ele próprio diz)
O meu tio, irmão do meu pai, que fazem brilhar o olhar da minha avó…
Do qual tinha tantas saudades que jamais ousei falar só para ver se a dor se esbatia na sombra do tempo
O mesmo que me continua a elogiar frente a tudo e todos e que, como se tudo isto não bastasse, verteu gestos e palavras sublimes na presença dos meus dois tesouros (já para não falar do abraço cúmplice trocado com o meu cara-metade)
As saudades eram imensas tio, tantas que jamais ousei falar nelas. Tantas que me senti pequena perante tantos sentimentos que as recordações nos trouxeram…
Fizeste-me tanta falta…
Boas férias tio e volta sempre!
É gratificante voltar a estarmos todos juntos e agora com mais quatro razões de viver.
É incrível observar como elas, riquezas de nossas vidas, se tornam cúmplices num ápice e eles, os nossos tesouros mais recentes, mais parecem irmãos que primos.
E é tão bom voltar a ouvir soar o meu nome em teus lábios que, carinhosamente, terminas em “inha” como há 30, 20 ou menos anos atrás…
É óptimo ver-te por terras lusas, as mesmas que tentaste adoptar há uns quantos anos mas que não se coadunava com a rotina já mais avançada de outros costumes que já havias adquirido.
O meu tio, aquele que, durante vários anos, exercia apenas e só esse estatuto de pai, amigo e irmão. O que, no intervalo de palavras mais severas, me levava ao cinema, ao jardim ou a uma pista de gelo para passarmos a tarde de domingo inteirinha a patinar. O que, ainda hoje, me abraça com orgulho como se tivesse a única sobrinha do mundo.
O que me deu a conhecer a beleza da amizade sem interesses ou me mostrou que amiga pode ser até aquela colecção de LP’s que nos faz companhia várias horas a fio.
O que adorava ouvir Kate Bush na sua inigualável Babuska, o mesmo que não suportava o meu trautear de êxitos mas que me mostrava cada nova aquisição musical como quem partilha o seu maior bem.
O que se zangou com a vida após um terrível acidente de viação. Aquele que viveu sempre em altos e baixos sentimentais porque só quem muito se dá tudo pode perder. O que enriqueceu, empobreceu, voltou a lutar e conseguiu a maior riqueza que alguma vez podemos ter: o amor dos que nos são mais preciosos…
O que ficou imensos anos sem pisar a terra que afincadamente defende (só porque continua um estúpido cheio de esperança como ele próprio diz)
O meu tio, irmão do meu pai, que fazem brilhar o olhar da minha avó…
Do qual tinha tantas saudades que jamais ousei falar só para ver se a dor se esbatia na sombra do tempo
O mesmo que me continua a elogiar frente a tudo e todos e que, como se tudo isto não bastasse, verteu gestos e palavras sublimes na presença dos meus dois tesouros (já para não falar do abraço cúmplice trocado com o meu cara-metade)
As saudades eram imensas tio, tantas que jamais ousei falar nelas. Tantas que me senti pequena perante tantos sentimentos que as recordações nos trouxeram…
Fizeste-me tanta falta…
Boas férias tio e volta sempre!
5 comentários:
Amanda,
Quem tem um tio assim, tem tudo.
Também eu tive tios assim, quase pareciam meus pais.
Até já,
Luís Carlos
Olha, a mim também me deram saudades tuas e vim deixar-te um granda beijinho no meio da testa! :) Mesmo a propósito,não? eheheheh Beijos gigantesssss
Tanto carinho pelo tio!
Eu também tive o regresso dos meus tios, mas por outros motivos...
Bjus
Há tios que têm sorte em ter sobrimhas assim :)
bonita homenagem
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