Na Ponta Da Língua

aí está um dos instrumentos mais poderosos de todos os tempos.

Encontram-se relatos, de tal “arma”, em pleno século II e até mesmo citações de escravos em que pediam aos Deuses (nessa altura tinham imensos) para que os transformasse em serpente com duas línguas.

Não falo de línguas venenosas mas sim de bem apetitosas e sim da arte de beijar.

Tal “talento” serve, na maior parte das vezes, como cartão de visita (principalmente para a parte feminina que lhe dá bastante importância). Caso o parceiro não se mostre talentoso o suficiente começa logo por ter uma nota negativa. Mas atenção, se se mostrar demasiado dotado corre o risco de retirar o mediatismo á verdadeira estrela e isso é punível com pena máxima e sanção acessória!

Há, por vezes, por parte da mulher, um controlo excessivo durante o beijo. Como em qualquer uso de arma, sabemos que coremos o risco de desencadear uma reacção explosiva, de tal forma que muitos meninos metem logo mãos á obra (ou na massa) e toca a partir logo para o sexo!

Há que saborear essa verdadeira iguaria e isso só se consegue com tempo. Com o abandono total da mente e do corpo á prática de tal destreza.

Podemos, no entanto, analisar a evolução do beijo.

Não deixa de ser romântico o beijo na mão, extremamente cavalheiresco o acto do corpo masculino se debruçar sobre a mão delicada e feminina, quer sejam elas de jovens e belas donzelas ou adultas e apetecíveis esposas.

Contudo o beijo não se generaliza pela prática ocidental. Para certas tribos africanas é impensável correr o risco de perdermos a nossa alma e é preferível deixarmos os preliminares por danças. Para os nipónicos é um acto completamente sexual e jamais praticado em público. Já para não falar em esquimós que preferiram os encostos de narizes (talvez devido ao frio, quiçá?) ou a certos habitantes de ilhas paradisíacas como Tahiti em que encostam os rostos e desfrutam de trocas de odores e outras através da cara (e também dos respectivos narizes).

Mas divino, divino, é mesmo beijocar os lábios do parceiro… deixar deslizar a língua como que em convite á próxima viagem lunar… enrolar… envolver… saborear… sorver… tocar levemente com a ponta da língua… aflorar com os lábios… quer os lábios apetecíveis quer o restante corpo de tal tentação.

Quando falamos em zonas erógenas, na maior parte dos casos, pensamos de seguida em órgãos sexuais e só depois concluímos que através do beijo nos excitamos e somos capazes de levar o nosso companheiro a trepar pelas paredes. Todo o nosso corpo é um verdadeiro depósito de combustível, basta pensar nisso e tentar pô-lo a arder (não será difícil!) até chegar ao momento da explosão!!!

Bons beijos e já sabem: qualquer dúvida não hesitem em praticar!!! (cuidado com o fogo!)